segunda-feira, 20 de maio de 2013

Stojan Adasevic

Stojan Adasevic
De médico responsável por 48.000 abortos, para Apóstolo a favor da Vida


O jornal espanhol La Razon publicou um artigo sobre a conversão do médico sérvio Stojan Adasevic, que durante 26 anos, em seu país, fora o médico mais famoso em realizar abortos. Diz-se que durante sua vida fez uns 48.000 abortos; hoje ele é o médico mais famoso na Sérvia, em favor da vida.

Ele conta algo que nunca esqueceria quando ainda era estudante: certa vez se encontrou na sala dos médicos, entre eles ginecologistas, que estavam trocando experiências de suas vidas pretéritas. Naquela ocasião ouviu o Dr. Radi Ignatovic relatando o caso de uma dentista que o buscara para poder abortar, mas que, por causa de um erro técnico, a criança ficou viva. Quando seus amigos médicos perguntaram o que teria acontecido com ela, o médico Ignatovic respondeu que ela faleceu anos depois, mas que não sabia o que tinha acontecido com a criança.

Aquele bebê era eu

Foi então que o estudante Stojan Adasevic percebeu que aquela mulher era sua própria mãe. De repente, não conseguiu mais calar-se, e gritou aos médicos: "Aquele bebê era eu!"

Apesar dessa experiência, como os estudantes de medicina, seus companheiros, vivendo sob o regime comunista, foi-lhe ensinado que o aborto era a remoção de uma massa de carne do corpo da mãe. Portanto, por muitos anos, após se formar médico, ele estava convicto, como tinha sido doutrinado, de que o aborto nada era senão uma operação qualquer, como aquela da extração de uma apendicite; a única diferença era o material extraído. Não era de surpreender que, com o passar dos anos, ele se tornasse especialista em operações abortivas, e, em Belgrado, ficou famoso como o melhor médico abortista.
Com a chegada do "USG monitor"

Era o ano de 1980, quando na Iugoslávia, chegou a tecnologia do ultrassom aos hospitais. Naquele tempo, por meio do "USG monitor", podia-se enxergar com os próprios olhos, no ventre da mãe, o corpo vivo do nascituro, mexendo braços e perninhas.

Desde aquele tempo, durante a noite, ele começou a ter o mesmo sonho, quando via crianças e jovens brincando e rindo num campo repleto de flores, mas todas as vezes que se aproximava deles, eles se afastavam correndo apavorados.

Ele relatava que, nos sonhos, via um homem vestido de um hábito branco e preto, olhando fixamente em sua direção, em silêncio. Sua aparição deixava-o apavorado. Certa vez, durante um sonho, o médico perguntou quem ele era, e o personagem de branco e preto respondeu: "Me chamo Tomás de Aquino".

Até então, o médico jamais tinha ouvido falar do genial santo dominicano; para ele aquele nome não dizia nada, era-lhe desconhecido.

Mas Tomás olhou para ele e lhe perguntou: "Por que você não me pergunta quem eram essas crianças? Não as está conhecendo?" Quando o médico respondeu que não as reconhecia, Tomás retrucou; "Não é verdade; essas você conhece bem; essas são as crianças que você conseguiu abortar."

De novo o médico respondeu: "Como seria possível? Esses são meninos já grandes; eu jamais matei crianças após seu nascimento." Tomás insistiu: "Você sabe que, do lado de cá, as crianças continuam crescendo..." Exatamente naquele dia, após esse sonho, ao abrir seus olhos e acordar de seu sono, ele decidiu jamais realizar um aborto em sua vida profissional.

Quando o Dr. Stojan informou ao chefe do hospital sua decisão de não mais realizar operações de aborto, esse reagiu muito mal: em nenhum hospital de Belgrado, jamais tinha-se dado o caso de um ginecologista se recusar a fazer aborto.
Continuou irredutível: não realizou mais abortos - as sanções

Porém, apesar da tremenda pressão sobre ele, para mudar de decisão, manteve-se firme e, por causa disso, teve que pagar um preço alto. Reduziram seu salário pela metade; sua filha foi expulsa do emprego; seu filho foi barrado de entrar na universidade, nos exames; era vilipendiado impiedosamente nos jornais e na televisão. A acusação se fazia da seguinte maneira: visto que o estado socialista tinha feito gastos para sua formação e educação, para poder realizar abortos, e agora recusava a fazê-los, isso era equivalente a sabotagem contra o estado. Após dois anos integrais de perseguição, chegou ao estado de um iminente colapso mental.

Porém ficou firme e se envolveu, com galhardia, no movimento a favor da vida. Ele viajava por toda a Sérvia, dando conferências sobre o aborto. Duas vezes conseguiu divulgar na televisão nacional o filme The Silent Scream (O Grito Silencioso), de Bernard Nathanson.

Nos anos 90, com o resultado do trabalho corajoso do Dr. Stojan Ada-sevic, o Parlamento da Iugoslávia votou uma lei protegendo os direitos das crianças nascituras à vida. Porém, o Presidente Slobodan Milosevic recusou sancioná-la e não assinou.

De volta à Fé

Entretanto, estourou a guerra (interna na antiga Iugoslávia) da qual o Dr. Adasevic teceu o seguinte comentário: "A que atribuir o massacre que se desencadeou aqui nos Bálcãs, senão porque enxotamos Deus e acabamos com o respeito pela vida humana?"

Entretanto Dr. Adasevic voltou à profissão da fé da Igreja Ortodoxa, de sua infância, e estudou os escritos de São Tomás de Aquino. Hoje o médico sérvio jamais se cansa de defender a vida dos nascituros; ele gosta de citar as palavras de Madre Tereza de Calcutá: "Se uma mãe chega a matar seu próprio bebê, o que pode impedir a você e a mim de nos matarmos mutuamente?"

Ele esclarece que, hoje, muitos abortos acontecem em clínicas particulares, que nunca fornecem estatísticas exatas dos que ali foram realizados. Além do mais, hoje, é muito freqüente o uso dos abortifacientes, tais como o DIU, a pílula RU-486, todos oficialmente classificados apenas como contraceptivos.

Ele insiste: "Essa é uma verdadeira guerra, guerra travada por aqueles que conseguiram nascer, contra aqueles que ainda não conseguiram vir à luz do dia. Nessa guerra, eu era um que conseguia atravessar a fronteira diversas vezes: a primeira vez como um nascituro condenado à morte; em seguida, como abortista convicto e, agora, como apóstolo em favor da vida.

Eu comecei a me interessar por Tomás de Aquino, cuja vida anteriormente me era totalmente desconhecida. Freqüentemente pergunto a mim mesmo: porque foi ele que me apareceu em sonho e, não, outro santo, especialmente sendo ele um santo católico e eu um fiel ortodoxo?"

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