segunda-feira, 20 de maio de 2013

SIR ALEC GUINNESS

SIR ALEC GUINNESS

Sir Alec Guinness é considerado como o maior ator cinematográfico do século XX. Em sua carreira artística de 60 anos, trabalhou em mais de 70 filmes. Entre eles mencionaremos somente alguns: Oliver Twist (1946); A Ponte no Rio Kwai (1957); Lawrence de Arábia (1962); A Queda do Império Romano (1964); Scrooge e Cromwell (1970); Hitler, os últimos dez dias (1973). Ele não é somente famoso pela quantidade de filmes nos quais tomou parte, mas principalmente por seus talentos e profissionalismo.
Ele ganhou vários prêmios OSCAR, como também o de Melhor Ator.

Alec era filho ilegítimo; seu pai é desconhecido. Durante sua infância conheceu a pobreza e sofreu bastante. Porém, isso o incentivou para frente, para melhorar de vida. Não recebeu formação religiosa; de fato, quem o criou, criou-o sem religião.

Entretanto, numa oportunidade, deram-lhe para trabalhar a parte do heróico Cardeal Mindszenty da Hungria no filme O Prisioneiro. A figura des¬se cardeal, acusado falsamente, torturado e vilipendiado pelos comunistas da Hungria, deixou profundas impressões nele. Por causa daquele filme O Prisioneiro (1995), Alec Guinness começou a se interessar pela religião católica, fazendo perguntas e pesquisando. Juntamente com isso, a parte que assumiu no filme Padre Brown, roteiro famoso do escritor católico G.K. Chesterton, jogou mais luz sobre o assunto e ajudou-o para que ficasse mais interessado em sua nova busca religiosa.

 
SUA CONVERSÃO

A fé, como uma minúscula semente, amadureceu devagarzinho em Alec Guinness, progredindo aos poucos, processo lento que levou dois anos para ele se convencer e ser batizado na Igreja Católica, em 1957, quando tinha 42 anos de idade. O evento que o comoveu para se tornar católico aconteceu na França. Estavam filmando um roteiro sobre um sacerdote; Sir Alec Guinness estava vestido de batina, fazendo a parte do sacerdote.

Por motivos técnicos, foram obrigados a interromper por um tempo a filmagem. Portanto, esperando a realização do conserto, Alec Guinness foi dar um passeio ao redor, ficando com a batina. Era já tarde. De improviso veio-lhe ao encontro um menino, de nove anos, o qual vendo o sacerdote na frente, saudou-o dizendo: "Bom Soir, mon Père", "Boa tarde, meu Padre"; eram apenas umas palavras, mas que o deixaram refletindo perplexo.

Sir Alec Guinness começou a dizer a si mesmo: "Meu Deus, é isso que quer dizer a religião. Consiste em crer e ter confiança em alguém, confiar no Senhor e sentir-se seguro, apesar dos momentos de escuridão e pesadelos da vida". "Sim, eu tenho convicção que minha conversão começou a operar-se naquele dia."

 
PROFUNDAMENTE RELIGIOSO

Em sua carreira de 60 anos ele tomou parte em cerca de 70 filmes; interpretou papéis diferentes, desde Scrooge até Cromwell, desde Hitler até Coro¬nel Nicholson. Porém, todos os críticos afirmam que ele interpretava melhor os papéis de religiosos, como o Padre Brown, o Cardeal Mindszenty e o Papa Inocente III, no filme O Irmão Sol, a Irmã Lua. Apesar de ser sempre reconhecido como um dos maiores atores do século XX, ele era profundamente humilde e viveu em harmonia com sua esposa longe da vida pública.

 
ADMIRADOR DO CANTO GREGORIANO

Ele gostava muito de participar dos serviços religiosos e especialmente do Canto Gregoriano (canto oficial da Igreja Latina). Em um dos últimos telefonemas antes de sua morte, ao seu amigo o produtor cinematográfico Zeffi-relli, Alec Guinness lhe disse que era cônscio de que estava se aproximando o momento de sua saída desse mundo, mundo que estava se tornando cada vez mais "infame". Porque, como ele se lamentou, "no mundo de hoje, tudo o que lhe era caro estava se desfazendo e sendo destruído”.

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