segunda-feira, 27 de maio de 2013

JENNIFER E JOE FULWILER - Do Ateísmo ao Catolicismo

JENNIFER E JOE FULWILER - Do Ateísmo ao Catolicismo

Jennifer Fulwiler e seu esposo Joe, ambos interessados nas ciências, acalentavam a convicção errada de que a Religião e a Razão não combinavam entre si. Ela, durante seus estudos, descobriu que os maiores sábios do mundo e a maioria dos cientistas acreditavam na existência de Deus. Na Vigília de Sábado Santo, no ano de 2007, de ateus convictos se converteram e entraram na Igreja Católica, alegres, porque anteriormente viviam desorientados e, agora, estavam de volta à casa de Deus. Numa entrevista publicada pela National Catholic Register, Jennifer Fulwiler explica sua caminhada até a conversão.

Entrevistador: Em cada aventura há o primeiro passo. Qual foi o primeiro passo para a sua crença em Deus?

Jennifer Fulwiler: A primeira graça, para mim, foi ter encontrado e conhecido meu esposo Joe. Com ele aprendi não ser contra a razão o fato de crer em Deus. Ele e eu trabalhamos juntos numa empresa de alta tecnologia. Joe acreditava em Deus. Minha sorte foi não saber que ele tinha fé.

Entrevistador: Por que disse "minha sorte"?

Jennifer Fulwiler: Porque eu estava convicta de que eu não combinaria com um homem crente em Deus. Se eu soubesse que Joe tinha fé, certamente jamais o teria acompanhado, para depois casar com ele.

Entrevistador: Qual sua reação quando descobriu que ele acreditava em Deus?

Jennifer Fulwiler: Esse fato me fez parar para refletir; sabia que Joe era inteligente e estudioso, já que ele tinha três graduações universitárias: uma da Universidade de Yale, outra da Universidade de Colúmbia e outra da Universidade de Stanford. Eu também encontrara muitos companheiros dele pessoas inteligentes, com graus universitários de Universidades de prestígio como Harvard e Princeton.

Esses seus companheiros eram convictos da existência de Deus; portanto, não ousava afirmar que somente pessoas incultas acalentavam uma fé pessoal em Deus, porque esses tais eram de inteligência avantajada.

Entrevistador: O que a impeliu para estudar, mais a fundo, a existência de Deus?

Jennifer Fulwiler: Sempre pesquisara a verdade; porém, eu era orgulhosa e arrogante na maneira como considerava a vida e seu significado. Hoje acordei para o fato de que a soberba é o pior obstáculo no caminho da busca para encontrar Deus. A soberba é uma paixão que obceca e impede de descobrir a Deus.

O nascimento de meu primeiro bebê me obrigou a buscar a verdade, com mais humildade, e quero enfatizar esse ponto. A verdadeira humildade é muito importante para a conversão e para iniciar-se na fé em Deus.

Entrevistador: Muitos ateus também tinham filhos e não mudaram: como, pois explica que você mudou da não crença após o nascimento de seu primeiro filho?

Jennifer Fulwiler: Antes de tudo, eu já estava matutando dentro de mim quanto à possibilidade de Deus existir. Quando nasceu o primeiro filho, eu estava determinada a descobrir a verdade, até como por obrigação a meu filho. Pela primeira vez, eu me senti motivada para descobrir a verdade, com sincera humildade.

Comecei a ler, estudar, investigar e relembrar os grandes vultos e sábios da humanidade. A maioria deles tinha fé em Deus e na vida do além. Até antes da vinda do cristianismo, grandes pensadores como Platão, Aristóteles e Sócrates, todos eram crentes, e esses eram filósofos, com inteligências privilegiadas.

Comecei ainda a estudar a vida dos grandes cientistas, visto que eu tinha grande interesse nas ciências; e o que aconteceu? Fiquei sabendo que poucos cientistas eram ateus. A maioria tinha fé em Deus, e muitos eram cristãos convictos.

Assim, por exemplo, pessoas importantes como Galileu, Newman, Ke-pler, Descartes e muitos outros ainda. Eles me obrigaram a pensar: "Esses não eram pessoas fracas; eram de grande inteligência; portanto, não é verdade que os cientistas negam a Deus".

Entrevistador: Seu esposo lhe deu apoio em sua caminhada rumo à conversão?

Jennifer Fulwiler: No início, não, mas mais tarde, era-me de grande valia. No início, jamais falávamos de religião. Joe era batista, mas não praticante, e eu era ateia, e por isso encontramos uma forma de manter o compro¬misso entre nós: jamais falamos de religião. Nossa vida era completamente sem Deus.

Entrevistador: Quando começou a crer em Deus?

Jennifer Fulwiler: Eu vivia atormentada por muitas interrogações, mas não tinha ninguém para dar-me respostas. Pessoalmente, ficava, de propósito, muito distante dos que crêem, para não me contaminar com suas crenças.

Visto que eu era especializada no campo da alta tecnologia, onde você acha que fui consultar para encontrar esclarecimento às minhas dúvidas? Visto que tenho familiaridade com o uso de tecnologia da informática, eu criei um "blog", e comecei a publicar perguntas difíceis, por esse meio eletrônico. Muitos foram os que visitaram meu "blog", comentando e apresentando suas respostas.

E as melhores respostas vieram dos católicos. Muito me impressionou o fato de que para cada pergunta minha eles tinham uma resposta pronta; e os argumentos dos católicos eram razoáveis e sólidos.

Entrevistador: Seu marido ajudou de algum modo?

Jennifer Fulwiler: Quando comecei a mostrar para Joe as respostas recebidas dos católicos, nele também começou a crescer o interesse pela religião e, de maneira especial, pela religião católica. Eu e meu esposo sempre trabalhamos juntos, e era ,maravilhoso que nós dois, outrora tão anticatólicos, pudéssemos discutir e nos interessar, juntos, pelos assuntos da religião católica.

Entrevistador: E ambos chegaram a mudar?

Jennifer Fulwiler: Sim, ambos. Porém, nossas perguntas eram diferentes. Quanto a mim, as perguntas que mais me confundiam eram as que se referiam à doutrina da Igreja sobre o matrimônio, contracepção e aborto. Antes, eu era a favor do aborto, e julgava que a posição da Igreja era maluca, sem sentido!

Quanto às dificuldades de Joe, eram diferentes. Ele não entendia a doutrina da Igreja no tocante à apologética, especialmente, com referência ao cul¬to de Nossa Senhora. Ainda outro fator que o inquietava era a própria Igreja; Joe jamais entendera, com profundidade, que foi o próprio Cristo que fundou a Igreja. Para ele, qualquer Igreja, seja qual fosse, era boa. E todos são livres para escolher a igreja que mais agrada seus pontos de vista e seus gostos pessoais.

Entrevistador: Sua conversão teve muito impacto em sua vida? O que mais impressionou você?

Jennifer Fulwiler: O sentido da comunhão reinante na Igreja Católica; esse espírito comunitário não existe no ateísmo. Antes não captava o que os católicos entendem quando dizem que são membros da Igreja e formam ou fazem parte do Corpo de Cristo. Porém hoje, eu tenho dela essa experiência viva. Agora que nos tornamos membros da Igreja, nós estamos em comunhão e unidos aos demais católicos do mundo, também aqueles que não conhecemos pessoalmente.

Essa experiência de comunhão com os católicos do mundo inteiro é uma experiência maravilhosa.

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