domingo, 5 de maio de 2013

Conversão da PRINCESA ALESSANDRA BORGHESE

PRINCESA ALESSANDRA BORGHESE
A Princesa Alessandra Bor-ghese é descendente de uma das famílias mais nobres da Itália. A fa¬mília Borghese, durante séculos, foi famosa, não somente em conexão com a conhecida Vila Borghese no centro de Roma, mas também pelos Papas e Cardeais saídos dessa famí¬lia. O sobrenome Borghese pode ain¬da ser visto no alto da Basílica de São Pedro, sobrenome do Papa Paulo V, um dos antepassados de Alessandra Borghese.

Hoje Alessandra Borghese tem 45 anos. Uns anos atrás, ela vivia uma vida mundana, como tantos ou¬tros personagens aristocráticos, e particularmente conhecida nas rodas inter¬nacionais profanas. Freqüentemente ela aparecia nas fotos de revistas e jornais quando participava de ocasiões e celebrações de renome.

MOMENTOS TRÁGICOS

Apesar de seu sangue nobre e das riquezas que possui, ela tem pas¬sado por momentos trágicos em sua vida: tal como o suicídio de um noivo seu, quando era jovem, e a morte por excesso de consumo de drogas de seu marido, Constantino Niarcose, proprietário de uma frota de navios. Durante anos, era conhecida pelas reuniões culturais que organizava em Roma. Estes últimos anos era conselheira especial da Cultura do Prefeito de Roma, Fran¬cisco Rutelli.

Porém, há dez anos, a vida de Alessandra Borghese mudou da noite para o dia. De improviso, ela reencontrou a fé cristã, na qual tinha sido criada, e que, durante alguns anos, ela tinha afastado de sua vida. Hoje, ela é escritora famosa de artigos religiosos publicados em diversos jornais e revistas italia¬nas, como também autora de muitos livros. O último a ser publicado é sobre o Papa Bento XVI a quem muito admira, com o titulo Sulle tracce de Joseph Ratzinger (Seguindo os passos de Joseph Ratzinger).

Atualmente, organiza celebrações eucarísticas especiais nas diversas basílicas de Roma, e também presta sua colaboração nas romarias dos doentes para Lourdes. No ano de 2004, publicou o livro Con Occhi Nuovi (Com Olhos Novos), no qual ela relata a história de sua conversão, livro que se tornou "best-seller", seja na Itália seja em outros países. Ela mesma confessa que que¬ria publicar sua história de conversão, para ajudar outros a caminhar sobre seus passos. Escreve: "Quando um cristão descobre a verdade que é Jesus Cris¬to, não consegue segurá-lo para si; precisa dar dele testemunho e comunicá-lo aos outros. A missão é intimamente ligada ao cristianismo, e esse livro é para mim, como modesta missão".
CONVERSÃO DO CORAÇÃO

Nesse seu livro autobiográfico ela explica que aquilo pelo que passou não era alguma conversão como aquela de São Paulo na estrada de Damasco, era mais uma conversão do coração, para quem, durante muitos anos, a fé não tinha sentido algum. Portanto ela insiste que, para quem se converte ou des¬cobre de novo sua fé, o encontro com outras pessoas imbuídas visivelmente do espírito da fé é a via normal. De fato, ela aponta duas pessoas que foram motivadoras de sua conversão, a ponto de abraçar a fé que tinha abandonado. A primeira era uma princesa nobre, como ela, uma amiga de velhos tempos, Glória Thurn und Taxis. Alessandra escreve: "Nas férias de agosto de 1998, eu estava no castelo de Tuzing, junto com Glória e outros amigos. Passamos o tempo praticando esqui aquático, passeando a cavalo e jogando golfe. No domingo, Glória me convidou para acompanhá-la à Missa; e eu, apesar de há muito tempo não praticar a fé, mais por educação, a acompanhei". "Bem naquela ocasião, comecei a perceber que para aquela minha amiga a fé era algo muito importante em sua vida, em todos os dias, e não era uma simples formalidade. Porém, a mudança decisiva aconteceu no outono, quando Glória me apresentou a um sacerdote alemão, Mons. Miguel Schmitz."
A FÉ CRISTÃ E A CULTURA

Sobre este sacerdote, Alessandra escreve: "Mons. Schmitz me impres¬sionou, porque era uma pessoa elegante, muito culto e afável. Quando estava conversando com ele, não me senti como que condenada quanto ao meu pas¬sado. Num instante ruíram para o chão todas as minhas prevenções e antipatias. Ao contrário daquilo que eu pensava até aquele momento, entendi clara¬mente que a fé cristã podia conviver com a cultura, com a inteligência, com o sentido de humor e com a elegância da vida; que ela podia conviver com a vida moderna, normal e até com a vida "snob", com a qual eu estava acostumada perfeitamente".

"Eu senti uma grande necessidade de me confessar e limpar minha alma. Reconheci que tinha pecado, de muitas e variadas maneiras; e daquele dia em diante descobri a força dos sacramentos e da comunhão que recebo, quanto possível, diariamente." Bem, assim foi o início de sua conversão since¬ra; desse momento em diante, ela nunca mais olhou para trás.

Numa entrevista com ela, há pouco tempo, de Peter Stanford, publi¬cada no The Telegraph, Alessandra declarou que o Catolicismo não é uma fi¬losofia, nem uma teologia; mas um encontro com uma Pessoa. Assim, desde o momento de seu encontro com Jesus, sua vida mudou radicalmente. "Foi desde aquele momento que comecei a olhar para tudo com olhar diferente." Ao ser interrogada quanto àquilo que dela pensavam seus antigos amigos, ela respondeu: "Naturalmente, eles pensam que sou esquisita; há pessoas que olham para mim de um modo perplexo; mas outros respeitam minhas atitudes. Assim é a vida! Isto não me incomoda, porque quando descubro novamente a grandeza da fé, a gente não se sente mais solitária; e se sente mais forte".

Quando Peter Stanford lhe perguntou se ela se arrepende de tudo o que deixou para trás após sua conversão, Alessandra Borghese, respon¬deu: "Não, de fato nada perdi. Hoje sou uma pessoa mais liberta. Hoje sou mais aberta ao mundo, por isso considero o período passado de minha vida como uma fase de preparação. Eu não desejo mudar aquilo que aconteceu no passado. Quero apenas mudar aquilo que estou vivendo no aqui e agora". Ao ser perguntada sobre suas opiniões acerca da recusa do sacerdócio para mulheres na Igreja Católica, ela respondeu: "Se você é Católica e deseja ser ordenada padre, então vá juntar-se aos anglicanos ou aos protestantes. Por que querer mudar a tradição católica, para acomodá-la à sua opinião?" Hoje Alessandra Borghese, defende, com valentia admirável, os valores tradicio¬nais da Igreja Católica.

Nenhum comentário: