sexta-feira, 3 de maio de 2013

CONVERSÃO DE FRANÇOIS MITTERRAND

FRANÇOIS MITTERRAND

Interessante o que revelou o filósofo francês Jean Guitton, em seu último livro, sobre o Presidente Socialista francês François Mitterrand. Em seu livro Meu Testamento Filosófico, Jean Guitton revelou que o presidente Mitterrand, o qual durante sua vida era um descrente, nos últimos anos de sua doença, tinha-se aproximado de Deus. Ele rezava e fazia longas conversas com Guitton sobre os novíssimos: a morte, o juízo final, o inferno e o paraíso.

Essas informações confirmam o que o Cardeal Lustiger, de Paris, tinha proferido durante sua homilia na Missa de corpo presente do falecido Presidente, na Igreja Catedral de Norte Dame (Paris), na presença de setenta reis e príncipes, chefes de estado e oficiais do governo, e uma multidão de mais de duas mil pessoas. Em sua homilia, o Cardeal Lustiger mencionou as batalhas e conflitos espirituais pelos quais o Presidente Mitterrand passara, ele que durante sua juventude tinha recebido uma criação religioso sólida. Ele leu também o que o próprio Mitterrand tinha escrito na introdução do livro de Marie de Hennezel a qual dava conselhos sobre a morte: ele escreveu: “Como estamos enfrentando a morte? Hoje estamos vivendo num mundo que tenta fugir dessa pergunta, por causa do medo. As civilização anteriores à nossa enfrentam mais decididamente a morte do que nós. Talvez possamos dizer que nossa relação com a morte nunca foi tão pobre quanto nos nossos tempos; hoje, época de aridez espiritual; hoje, por que muitos só pensam em viver, estão evitando esse ministério. Mas é pena, porque não se apercebem que assim fazendo, estão privando o gosto da vida de uma fonte essencial”.

Durante situações difíceis

Talvez haja quem não se impressione tanto pelo fato de que, perante os sofrimentos e a morte, alguém reaja desse modo. Porém, podemos perguntar a esses tais, para nos dizerem qual seria a maior prova de que uma ponte seja realmente sólida e bem construída, quando por ela passa um gato ou um elefante?

Não precisa ser muito entendido para responder que a ponte se prova bem sólida quando por ela passa um elefante pesado e, não um gatinho de nada. Do mesmo modo devemos dizer que seria um grande erro julgar o ateísmo partindo de uma situação de vida favorável e fácil, enquanto se goza de boa saúde, bebericando uma bebida delicada e rodeado de amigos, gabando-se de seu ateísmo e ridicularizando Deus e a religião. Mas agindo assim, não se estaria provando nada. O jornalista italiano Vittorio Messori, em um de seus livros, diz a mesma coisa com referência a Leonid Breznez: “Perante as angústias misteriosas da morte, o mesmo Leonid Breznez, o chefe de toda a Rússia, retirou todos os volumes publicados pelo Instituto do Ateísmo de Leningrad, e, como um peregrino a Lourdes, Espidauro, Benares e Mekka, voltou-se voluntariamente para aquilo que seus propagandistas chamavam de ‘mentalidade pré-científica’. Ele caçoava da morte, porém, quando falava do pódio do Comitê Central, quando a morte estava longe, e não na privacidade de seu quarto, quando se aproximou desse ministério”.

A maior prova de dessume quando alguém atravessa uma situação difícil. É durante uma situação dessa dificuldade que se faz a prova mais exigente, provando sua coragem e suas convicções; e como já aludimos anteriormente, em geral, é perante tal prova de fogo, dos sofrimentos e da morte, que muitos fanfarrões do ateísmo, contra sua vontade, chegam a reconhecer a futilidade de seu ateísmo, e chegam a aceitar aquilo que jamais queriam admitir.



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