quarta-feira, 22 de maio de 2013

KATHERINE CHUSTON - De muçulmana a freira católica

KATHERINE CHUSTON - De muçulmana a freira católica
Katherine Chuston nasceu e se criou em Chicago, nos Estados Unidos. Seus dois avós homens eram muçulmanos da Bósnia, que tinham emigrado para a América e lá se casaram com mulheres católicas, e as duas mudaram de religião e tornaram-se maometanas.

Por essas circunstâncias seus genitores, quando Katherine era pequena, começaram a levá-la para a mesquita, ensinaram-lhe as orações em árabe, e ela participava das refeições que os muçulmanos preparam após o jejum do Ramadan. Porém, quando tinha dez anos de idade, seus genitores não mais continuaram a freqüentar a mesquita, apesar de continuarem a ser pessoas religiosas e, do mesmo jeito, continuaram a dar à filha uma criação muçulmana. Mas, quando cresceu e precisou entrar numa escola religiosa, seu pai insistiu em mandá-la para a escola católica "Madona High School", porque o sistema educacional da escola pública não lhe agradava.

Quando chegou aos quinze anos, ela começou a perguntar, pensar seriamente e indagar por respostas para os questionamentos que se lhe surgiram acerca de assuntos religiosos. Destarte, ela começou a penetrar mais a fundo em assuntos de sua fé islâmica, como também da fé judaica e cristã, especialmente a católica. Ela confessa: "Sempre soube que eu era uma pessoa de fé, mas até então nunca indagara o assunto com seriedade."

Freqüentava uma escola católica

Naturalmente, todos, na escola que freqüentava, sabiam que era muçulmana. De sua parte, nunca escondeu sua fé a suas colegas e às religiosas. Ela, porém, admite que naquela escola nunca sofreu qualquer forma de conseqüência negativa ou discriminação. Quanto mais pesquisava e estudava sobre o catolicismo, mais ficava atraída pela fé católica. Confessa: "Ao nível emocional, todas as vezes que entrava numa igreja católica, sentia certo senso de paz. Não consigo explicar isso, mas assim eu sentia, e assim sinto até hoje." Por causa disso, ela decidiu se tornar católica. De fato, seus vizinhos, até seus pais não lhe criaram problemas, dando-lhe certo apoio. Entretanto, o que seus vizinhos nunca tinham imaginado era que ela ia se tornar uma religiosa! Após terminar seus estudos escolares, encontrou um bom emprego, como repórter forense e secretária. Foi nesse tempo que começou a interessar-se pela vida religiosa. Por este motivo, passou um tempo com uma comunidade de carmelitas contemplativas, em St. Louis. Porém, logo percebeu que aquele estado de vida não era de acordo com seu temperamento. Voltou de novo a Chicago e começou a trabalhar como antes. Assim, no ano 1991, após a morte de sua mãe, aos 54 anos, Katherine começou a pensar em entrar, de novo, na vida religiosa. Entretanto conheceu a Congregação religiosa da "School Sisters of St. Francis", uma congregação internacional com umas 1.350 religiosas, com sua sede central geral em S. Layton Blvd., 1501. Quanto mais conhecia essas Irmãs Religiosas, mais gostava de seu trabalho pastoral e, em outubro de 1995, entrou no convento. Após três anos, emitiu os primeiros votos.

Sua vida no convento e Profissão Religiosa

Muito antes do ataque (terrorista) às Torres Gêmeas de Nova York, em 11 de setembro, ela estava planejando para, durante a cerimônia da emissão de seus votos, ter a seu lado um exemplar do Corão, como lembrança de sua criação muçulmana e de sua família muçulmana.

Porém, após o ataque de 11 de setembro, ela ficou receosa de fazer isso, para não machucar e ofender suas companheiras americanas. Entretanto, suas companheiras religiosas a persuadiram de que tal gesto não ia ofender ninguém porque, certamente, não podia ela, de maneira alguma, esquecer a religião de sua criação.

Assim aconteceu que, durante a cerimônia, quando estava ajoelhada perante o altar da Capela, rezou não somente perante a Cruz Franciscana de São Damião, mas, a seu lado, tinha também um exemplar do Corão, juntamente com duas flores, como sinal de respeito por seus progenitores muçulmanos. A Irmã Katherine disse: "Confesso-me ser de muitos modos afortunada; principalmente por ter tido na família experiências religiosas e por sempre ter tido o apoio de meus progenitores, durante todo o percurso e caminho de minha fé." "Sinto-me grata para com minha comunidade religiosa, porque minhas colegas são deveras mulheres de fé e de zelo religioso."

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