sexta-feira, 10 de maio de 2013

História de Conversão do Professor Hadley P. Arkes

Professor Hadley P. Arkes

O Professor Hadley P. Arkes é especialista em Filosofia Política e Direito Constitucional. Desde o ano de 1966 é Professor no Ambers College; obteve seu bacharelado pela Universidade de Illinois, e o Ph.D. pela de Chicago. Publicou cinco livros pela Princeton University Press e dois pela Cambridge University Press. Desde o ano 1985, numa série de livros, ele muito enfatizou como são verdadeiros e necessários nossos princípios morais, para sustentar todas as culturas; e é defensor ferrenho da Lei Natural.

Contra o relativismo moral, tão difundido hoje pelo mundo afora, escreveu um livro, internacionalmente conhecido, intitulado Constitutional Illusions and anchoring; Truths: the thouchstone of the Natural Law no qual demonstrou como a lei natural é a base da convivência pacífica entre os homens. Em 2002, redigiu a lei conhecida como "Born alive infants protection act", protegendo a vida das crianças após o parto.

Arkes nasceu no ano 1940, em Chicago. Foi criado numa família judia ortodoxa e freqüentava uma escola judia. Seus avós freqüentavam regularmente a sinagoga, a geração seguinte apenas em dias festivos.

Ele sempre fora a favor da vida e contra o aborto; percebera que muitos dos judeus eram demasiadamente liberais quanto ao aborto. Ele continuou se interessando pela vida de seu povo e observava suas tradições ancestrais, mas atendia à sinagoga apenas em dias festivos. Certa vez, o Presidente da Sinagoga o convidou para dar uma palestra na festa de "Yom Kippur". Arkes decidiu falar sobre a questão moral mais em evidência naquele momento - a questão do aborto. Quando informou o Presidente do tema escolhido, foi-lhe dito que seria melhor evitar tal assunto.

Disso concluiu que, se quisesse ficar na sinagoga precisava calar, e evitar essa abordagem da questão moral mais grave que onerava a vida dos americanos: o aborto. Arkes não podendo tolerar aquilo, abandonou a sinagoga, porque ele era de corpo e alma contra o aborto.

Admiração pela Igreja Católica

Arkes desde sempre se envolvera no movimento "pró-vida" e contra a cultura da morte, isto é, contra o aborto e a eutanásia, e começou a admirar a coragem e a consistência da Igreja Católica, que não se deixa intimidar ao enfrentar a contracorrente e a cultura dominante no mundo. Arkes começou a sentir-se atraído pela Igreja Católica, porque, com seus argumentos morais sólidos, defende a vida, desde a concepção até a morte. Durante vinte longos anos essa atração pela Igreja Católica foi sempre se fortalecendo.

Ele conseguiu arrebanhar muitos amigos com o movimento "pró-vida". Percebeu que entre eles havia um grande número de católicos empenhados em favor da vida. Ficou impressionado perante sua consistência de convicções e testemunho de vida como católicos. Notou que entre os católicos reina um espírito forte de comunhão; pessoas que são genuinamente preocupadas com os problemas referentes à conservação da vida e aos assuntos da vida familiar que, como dizia o Papa João Paulo II, por ele tão admirado: são "os problemas centrais da pessoa humana".

Quando encontrava católicos defendendo o ensino da Igreja, isso era-lhe o maior testemunho. Arkes louvava a muitos intelectuais e professores católicos que não se deixaram arrastar pelas correntezas culturais dominantes, mas abraçaram firmemente os ensinamentos da Igreja. Esses intelectuais católicos oferecem uma defesa séria e sólida da doutrina da Igreja.

Enquanto deu continuidade ao seu magistério como Professor da Lei Natural, Arkes chegou a perceber a função da Igreja como um escudo forte e a coluna principal da verdade. Citamos suas palavras, em nossa tradução: "Enquanto continuei dando minhas aulas sobre a Lei Natural, tornava-se cada vez mais evidente que a Igreja se tinha tornado o santuário principal do raciocínio moral e da lei natural, mantendo-se firme contra as correntezas do relativismo que estavam corroendo outras instituições."

"É a Igreja o melhor lugar e abrigo para a defesa da moralidade e da lei natural. É a Igreja, que está sempre pronta para enfrentar as contracorrentezas do relativismo que estão solapando e corrompendo todas as demais instituições. Um dos intelectuais católicos que me inspirou a entrar na Igreja Católica foi meu amigo, o Prof. Dermot Qwinn, que durante os últimos 20 anos foi professor na "Seton Hall University".

O Prof. Dermot me disse: "A pergunta mais importante que deves fazer para te tomares um bom católico é essa: 'Crês que a Igreja Católica é uma instituição que prega a verdade?"' "Sim", respondeu o professor Arkes. "Eu creio, e com provas que a Igreja combate contra mundum', contra a mentalidade deformada do mundo. A Igreja sempre foi corajosa na enunciação da verdade, apesar de apanhar de todos os lados. E, ao passar o tempo, sempre lhe dão razão; já faz dois mil anos que a Igreja luta contra a falsidade do mundo, e agora possui dois mil anos de experiência." O Professor Arkes diz que seu interesse e amor pela Igreja Católica foi crescendo sempre mais. Nos anos oitenta, ele foi convidado a palestrar perante a Conferência Episcopal dos Bispos Americanos. Lá ficou conhecendo um bispo, hoje Cardeal, Francis George. Os bispos se congratularam com ele pelo grande trabalho que estava desenvolvendo no movimento "pró-vida".

Quando o pastor luterano, John Neuhaus, entrou na Igreja Católica, o Professor Arkes participou da cerimônia presidida pelo Cardeal John 0'Connor. Arkes ficou muito impressionado, e começou a refletir sobre a graça que Deus concedeu a seu amigo John Neuhaus. Então começou a se interessar pela Missa, e, de vez em quando, freqüentá-la com alguns amigos católicos. Ninguém o obrigou; mas ele se sentiu fortemente atraído e começou a ler livros sobre os ensinamentos da Igreja. Certa vez, o Diretor do Centro Católico de Informações, dirigido pela "Opus Dei", viu que Arkes estava atraído para a Igreja Católica e lhe fez a pergunta: "O que está impedindo sua entrada na Igreja Católica?" Arkes admitiu que o que estava impedindo era sua falta de coragem. Ele sabia que, se tomasse aquela iniciativa e entrasse na Igreja Católica, seria um choque enorme para sua família de religião judaica. Ele não queria magoá-los; sabia que sua gente ia receber muito mal a notícia.

Chegara a completar 70 anos de idade, e o Professor Arkes continuou confuso e indeciso: "Quanto tempo vou ficar sem fazer aquilo que eu creio ser a decisão certa? Quanto tempo vai passar, sem eu tomar o passo decisivo?" E assim aconteceu: em abril do ano de 2010, o Professor Arkes, que passara sua vida inteira defendendo a verdade, finalmente entrou em sua casa, a Igreja Católica, Mãe e Mestra da Verdade.

A uma sua prima, ele disse o seguinte: "Se tudo isso é questão de crer no Deus de Israel e na sua Lei, confesso que eu sou mais próximo do Deus de Israel agora, como católico, do que quando freqüentava a sinagoga". O professor Arkes, portanto, enxergava que há uma continuidade entre o Judaísmo e o Cristianismo.

Ele diz que no judaísmo sobrevive a expectativa da chegada do Messias, o qual devia nascer de uma mãe que fosse virgem. "Agora que temos o testemunho evidente e forte dos Apóstolos, que viram com evidência física e tocaram nas chagas após a ressurreição dos mortos, isso é uma prova cabal de que Jesus Cristo é o Messias tão longamente aguardado." Sim, diz o professor Arkes, há uma continuidade entre o Judaísmo e o Cristianismo; no Cristianismo, ele enxergou a realização plenificada de sua fé no Judaísmo.

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