terça-feira, 21 de maio de 2013

Dr. Maurice Caillet - De maçom a católico

Dr. Maurice Caillet - De maçom a católico

 
"Pedi e vos será dado, buscai e encontrareis, batei e vos abrirão" (Lc 11,9). Foram estas palavras do Evangelho que ouviu na Cripta, na gruta de Lourdes, que tanto penetraram o coração de Maurice Caillet. Essas mesmas palavras ele tinha ouvido quinze anos antes, no ano de 1970, no dia em que entrou como aprendiz na Loja Maçônica de Rennes, da loja Grande Oriente da França.

Quando ficou sozinho em silêncio, por bom tempo, ele ouviu uma voz interior que lhe pediu algo para oferecer em vista do beneficio que estava buscando naquele lugar santo.

Ele pensou que devia oferecer-se a si mesmo. "De qualquer jeito," contou Caillet em seu livro de memórias, "eu fiquei compenetrado comigo", quando o sacerdote levantou a Hóstia Sagrada, na qual, pela primeira vez na minha vida, reconheci a Jesus debaixo das espécies de um humilde pedaço de pão. Aquilo era a luz que eu estava buscando debalde, durante tantas labutas na minha vida."

Para ele, aquilo foi como um raio de luminosidade. Ele escreve: "No fim da Missa fui ao encontro do sacerdote na sacristia, e, sem muita conversa, pedi o Batismo". Em Lourdes, Caillet não tinha ido como romeiro. Ele nasceu no ano de 1933, numa família anticlerical, na Bretanha, e fora criado num ambiente de aberta hostilidade contra tudo o que, até remotamente, tivesse ligação com a religião católica. Ele tinha-se formado em Medicina e se especializara em urologia e ginecologia.

 
Suas etapas na Maçonaria

Também tinha-se associado com a "Planned Parenthood", associação multinacional a favor do aborto, que se dedicou à promoção da contracepção e à prática da esterilização, seja masculina, seja feminina. Após se divorciar da primeira mulher, Caillet, no mês agitado de maio do ano 1968, se dirigiu à Rua Cadet 16, de Paris, sede do "Grande Oriente" da França, onde pediu sua aceitação na maçonaria. Após a aceitação de sua petição, ele continuou sempre progredindo na vida da maçonaria: aprendiz, companheiro, mestre; em 1973 tornou-se vigilante da nova loja fundada em Rennes; um ano depois se tornou um venerável mestre, e, para tanto, deputado da Assembléia Nacional do Grande Oriente.

Em seguida continuou sempre galgando graus superiores do Rito Escocês Antigo e membro aceito como Cavalheiro Rosa, da Rosa Cruz. Ao mesmo tempo, continuou em ascensão profissional como médico, com o apoio decidido de numerosos irmãos maçônicos, nas estruturas dos serviços sanitários e administrativos locais. Após ter ficado renomado, tornou-se diretor de uma clínica particular famosa. Com sua entrada no Partido Socialista e após a eleição de François Mitterrand, como Presidente da França, em 1981, foi promovido a membro da Comissão do Ministério da Saúde. No entanto, Dr. Caillet tinha granjeado fama como o médico mais famoso na prática do aborto na Bretanha. Depois do ano 1975, foi promulgada a lei com a qual foi descriminalizada a prática da interrupção da gravidez. Até ele se engajou numa polêmica, no renomado jornal Francês Le Monde, com o ilustre geneticista Jerome Lejeune.

Dr. Caillet tinha ido a Lourdes, apenas para acompanhar sua esposa Claude, atingida por uma doença misteriosa, mas esperançosa por uma cura. Ela era católica de religião, mas apesar de não praticante, sua fé não estava inteiramente morta. De fato, quando ela desceu na piscina, começou a rezar pela conversão de Maurice.

Sua vontade de fato foi atendida; era realmente um milagre! Dr. Mau-rice Caillet, após o milagre de sua conversão, que mudou por completo sua vida para sempre, abandonou a maçonaria. Mas ele não se omitiu, e contou sua conversão no livro que publicou na Espanha com o titulo Yo fui mason (Eu era maçom).
As perseguições após abandonar a Maçonaria

Nesse livro, Caillet não só descreve os ritos da maçonaria, sua influência na vida política e seu ódio contra a Igreja Católica, mas também relata o que ele teve que sofrer após ter abandonado a maçonaria e as vinganças cometidas contra sua pessoa. De fato, não somente sofreu ameaças de morte daqueles que antes eram seus companheiros na maçonaria, mas foi prejudicado profissionalmente, em seu emprego, ao ponto dele perder todas as posições que tinha no setor da saúde pública. Desde então não encontrou trabalho em nenhuma administração pública ou semipública, apesar do seu rico currículo. Com toda razão, Dr. Maurice faz a seguinte. pergunta: "Após a lei de 1908 (na França), referente à separação da Igreja e Estado, quando haverá uma lei referente à separação do Estado e da Maçonaria?"



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