terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Vamos construir o presépio.

A história nos conta que foi São Francisco de Assis quem armou o primeiro presépio , na noite de natal do ano 1223, na localidade de Greccio, na Itália. Ele é portanto o inventor do presépio. Com tamanha inspiração, deixou-nos esta riqueza espiritual, sem cobrar direitos autorais ou propriedade intelectual.
O grande desejo do santo era celebrar o Natal da forma mais realista possível. Contemplar a cena da encarnação como se estive vivendo o acontecimento. Com a permissão do papa, montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José. Junto às imagens os animais, o boi e o jumento. Neste cenário, foi celebrada a missa de Natal. Podemos imaginar a emoção das pessoas que participaram desta santa celebração.
O fato virou costume e espalhou-se por toda a Europa e de lá para o mundo. A Igreja Católica sempre considerou um bom costume cristão armar presépios no período do Natal em igrejas, casas e até em praças e locais públicos.
Todo presépio deve ser bem original e criativo. Representar a narrativa dos evangelistas na misteriosa noite feliz. Assim as imagens, o estábulo, o campo de Belém, os pastores, e todo ambiente deve anunciar o nascimento do pobrezinho, santo e salvador.
Inicialmente, os presépios limitavam-se às figuras do Menino Jesus, Maria e José. Era o suficiente para os que atentamente contemplavam o mistério da encarnação, o divino se humanizando. Com o passar do tempo, e aproveitando as riquezas culturais de cada país, os católicos foram acrescentando nos presépios outras imagens-figuras, como a dos pastores, dos Reis magos, artesãos, lavradores, pescadores, fundamentados pelos relatos evangélicos e apócrifos.
Com certeza estes novos personagens, jamais São Francisco teria podido imaginar.
Hoje, são muitos e diversificados os personagens colocados nos presépios. No Brasil, nos mais populares, até figura de pipoqueiros já foi encontrado. Não podemos descaracterizar o acontecimento nem fugir dos principais elementos que os evangelistas nos oferecem.
A presença no presépio da jumento e do boi resultou de uma interpretação cruzada de uma passagem do livro de Isaías (1,3) com outra de Habacuc (3,2). Logo muitos animais chegaram ao presépio. Há presépios célebres, com centenas de imagens de barro ou de outros materiais. O presépio é, dos símbolos do Natal, o mais inspirado nos evangelhos.

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